Arquivos mensais: junho 2016

SIMPLIFIQUE PARA VENDER MAIS!

BeSimple

Baseado no texto de Irene Etzkorn* "How To Improve Any Service By Simplifying It"

"Tornar o simples complicado é lugar-comum, tornar o complicado simples, isso é criatividade." - Charles Mingus

Pode parecer absurdo, mas em um ambiente de negócios que normalmente sempre tudo tem que ser mais e mais, as pessoas estão optando por "menos", respondendo bem a produtos com características mais simples e, alimentos com menos ingredientes. Vamos ver alguns exemplos deste fenômeno… A fabricante de sorvete Häagen-Dazs observou pela primeira vez esta tendência há alguns anos atrás, quando o gerente de marketing, na época, identificou nos EUA consumidores que expressaram uma clara preferência por produtos alimentícios com menos ingredientes. Então, concluíram: Por que não fazer sorvete usando essa preferencia pelo "menos"? O resultado foi uma nova linha de sorvetes chamados de Five (ou Cinco, em português) - com cinco ingredientes - leite, creme, açúcar, ovos e baunilha. Foi um sucesso imediato com os consumidores.

Talvez as coisas realmente não tenham que ser tão complicadas

Na verdade, não é só ser criativo, é preciso também uma atitude oportunista, sensibilidade para saber o que o consumidor deseja, e vontade de abandonar práticas e abordagens usuais.  Encontrar uma maneira de tornar tudo mais simples. Uma nova forma de pensar que permita visualizar e buscar novas possibilidades que podem levar a grandes avanços.

O conceito de simplicidade é uma forma de inovar para levar uma melhor experiência aos clientes (ou dos pacientes, dos cidadãos). E qual é uma das melhores maneiras de melhorar qualquer experiência? Remover as complicações, as camadas desnecessárias, aborrecimentos, ou distrações, enquanto se concentra na essência do que as pessoas querem e precisam em uma determinada situação. Seja visitando um site, manuseando um produto,  encomendando um jantar, ou escolhendo um sorvete.

Desbravar novos caminhos via simplicidade não é tão simples, é claro. Parte do que torna difícil essa tarefa é que dentro de quase toda a indústria ou categoria de produto, a complexidade foi construída ao longo do tempo - e, gradualmente, passa a ser aceito como uma parte inevitável nos negócios.

Vejamos o caso da companhia aérea Southwest Airlines. Quatro décadas atrás, ela queria entrar no mercado de aviação, que era lotado, caótico e complexo, já naquela época. Na época ela foi a primeira companhia aérea a simplificar. Em vez de ter a sua frota equipada com vários tipos de aviões, optou por um único tipo de avião, o Boeing 737.

E, enquanto outras companhias aéreas tinham se acostumado a um sistema de atender várias regiões, a Southwest fez a corajosa decisão de se concentrar em vôos diretos e sem escalas. Nestes voos, eles também mudaram o serviço oferecido, em vez de refeições completas serviam lanches. Esta simplificação do modelo de negócio, criou enorme eficiência para a companhia poupar dinheiro em manutenção de avião, alimentação e custos de limpeza, além de assegurar que os seus aviões passassem mais tempo no ar, e menos no chão. Ela "maximizou os ativos produtivos" e usou as economias de custos, para oferecer tarifas mais baixas aos passageiros.

Os resultados da Southwest: foi uma das poucas companhias aéreas consistentemente rentáveis ao longo das últimas três décadas.

Quanto mais complicado um determinado produto ou serviço pode ser, mais oportunidades existem para a simplificação.

Hoje, está claro que a maioria das pessoas está procurando maneiras de simplificar suas vidas. Parte disso, é sem dúvida, uma reação a um mundo que está cada vez mais acelerado, hiperconectado, e sobrecarregado com informações, escolhas e distrações.

De acordo com uma pesquisa recente da empresa de pesquisa Outlaw Consulting, realizada com os consumidores americanos da geração Y (aqueles com idade entre 21-27), concluiu-se que estes jovens respondem muito positivamente às marcas que se comunicam de uma forma simples e despojada. Seja em suas embalagens mais simples, ou, simplesmente evitando o excesso.

Os entrevistados citaram uma série de empresas como modelos admiráveis de simplicidade, incluindo a Apple, Trader Joe, JetBlue, e In-N-Out Burger, este último, conhecido por seu limitado "menu hambúrguer sem frescuras". Uma das qualidades citadas pelos entrevistados foi associar a simplicidade com a autenticidade, ou seja, fazer as coisas simples, equivale a mantê-las verdadeiras.

Conclusão? A simplicidade pode vender mais, sim!

Por: Adriana Noviski*

*Irene Etzkorn é uma autoridade mundial na construção da simplicidade em branding estratégico, e autora do livro "SIMPLE: CONQUERING THE CRISIS OF COMPLEXITY"

Fonte: http://canaldoempreendedor.com.br/banner-principal/simplifique-tornar-o-complicado-simples-exige-criatividade-mas-vende-mais/

10 passos para escrever um relatório

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Cada parágrafo deve se relacionar com uma frase ou idéia do parágrafo seguinte. Escreva primeiro as idéias centrais, e depois vá preenchendo com os exemplos

Um  bom relatório   irá abordar uma questão ou ponto de vista específico baseado em exemplos característicos, na forma de símbolos ou temas.  Você precisa ter um objetivo claro   ao escrever um relatório. Não se esqueça de reunir suas anotações, possíveis aulas sobre o  livro   e todo o material de apoio, como canetas e marca-páginas.

Confira alguns passos que irão ajudá-lo a incorporar esses elementos importantes:

Para escrever um relatório: Passo 1 - Objetivo

Se possível, tenha um objetivo em mente. Sua meta é o ponto de vista que você quer transmitir, o tópico que deseja debater ou uma pergunta que você planeja responder.

 

Para escrever um relatório: Passo 2 - Anotações

Não tente fazer anotações ou notas mentais. Enquanto estiver lendo, mantenha ao seu lado material de apoio como canetas, papel, marca-texto e marcadores de página.

 

Para escrever um relatório: Passo 3 - Temas

Ao ler o livro, fique atento para elementos que evoquem emoção, eles podem ser apenas um símbolo ou uma cena completa. Indicarão algum tema ou tópico importante.

 

Para escrever um relatório: Passo 4 - Material de apoio

Use papéis autocolantes para marcar as páginas. Quando você se deparar com algum elemento importante, marque a página e coloque a marcação no começo da linha que se destacou.

 

Para escrever um relatório: Passo 5 - Padrões

Note possíveis temas ou padrões. Enquanto você lê e marca as partes importantes, irá perceber um padrão ou tema central. Em um papel separado, escreva esses pontos de forma que você possa repassá-los mais tarde.

 

Para escrever um relatório: Passo 6 - Identificação

Identifique suas marcações. Se você vir um símbolo por vezes repetidas (por exemplo, se autor sempre usa exemplos com insetos, ou a forma como representa certos elementos, etc), identifique essas marcações para referências posteriores.

 

Para escrever um relatório: Passo 7 - Esboço

Desenvolva um esboço enquanto lê. Quando terminar de ler o livro, você já terá várias anotações e possíveis pontos importantes para incluir no relatório final.

 

Para escrever um relatório: Passo 8 - Parágrafos

Desenvolva idéias para parágrafos. Cada parágrafo deve se relacionar com uma frase ou idéia do parágrafo seguinte. Escreva primeiro as idéias centrais, e depois vá preenchendo com os exemplos. Não se esqueça de incluir o principal ou básico em seus dois primeiros parágrafos.

 

Para escrever um relatório: Passo 9 - Revisão

Revise, ajuste e repita. Seus parágrafos irão ficar desorganizados e estranhos na primeira vez que escrevê-los. Leia-os repetidamente e reajuste-os para que as frases estejam na melhor organização e ordem possível.

 

Para escrever um relatório: Passo 10 - Introdução

Revise seu parágrafo introdutório. Esse parágrafo irá fazer a primeira e mais importante impressão de seu relatório. Deve estar impecável. Garanta que ele esteja bem escrito, interessante e contenha uma base com boas teses.

 



Fonte:  Universia Brasil


Novos tempos, novos antigos Mestres

EAD

Segundo Michell Zappa, estrategista sueco que palestrou no 1º Encontro de Tendências e Evolução em Tecnologias Aplicadas à Educação sob o tema O Impacto das Tecnologias Emergentes na Área Educacional, a tecnologia evolui muito rapidamente e influencia a maneira como as pessoas se relacionam, compram e aprendem - fatores que também interferem em salas de aula. "A educação é a área que mais sofre com as consequências dos avanços tecnológicos. Hoje, a maioria dos professores não fala a língua dos alunos e também não detém toda a informação que eles precisam. Por isso, o modelo educacional tem de mudar."


Zappa lembra que o mundo está mais acelerado a cada dia - e esse ritmo que não vai parar, tampouco diminuir. "Temos de nos adaptar e aprender a lidar com isso para acompanhar a evolução", garante. Sua opinião vai ao encontro da proposta de Marc Prensky, especialista em educação e tecnologia que esteve no Brasil, a convite da Fundação Telefônica, durante a última edição da Campus Party.


De acordo com Prensky, é preciso mudar toda a educação, o que vai muito além da simples adoção da tecnologia em salas de aula. "O mundo todo está em uma má situação em termos de educação e isso acontece porque educamos para um contexto que não existe mais", defende. Ele explica que não precisamos mais de matemática, ciência e física da maneira como acontecia na época em que tais matérias foram inseridas no currículo.


Zappa e Prensky afirmam que o ideal é que o professor assuma os papéis de orientador e mediador - como já ocorre nos cursos de educação a distância -, pois a tarefa de repetir conteúdo pode ser feita, facilmente, por dispositivos tecnológicos. "Hoje, três dias de conteúdo por minuto são colocados apenas no YouTube, por exemplo. Trata-se de uma mudança ao mesmo tempo comportamental e tecnológica", completa Zappa.


O fato é que o conceito de sala de aula que conhecemos - com um professor, vários alunos, giz e lousa - tende a desaparecer muito em breve. De acordo com um estudo de Zappa, até 2040, a integração entre a tecnologia e a educação deverá crescer cada vez mais, proporcionando mudanças, como, por exemplo, o uso cada vez maior de ambientes virtuais, em substituição às salas de aula presenciais.


Dentre várias outras previsões, o estrategista afirma que a presença de recursos tecnológicos fixos e móveis nas salas de aula - e, também, fora delas - será cada vez mais frequente na educação; os alunos serão mais livres para colaborar com colegas de todo o mundo; e a avaliação tradicional deverá ser substituída por uma análise de desempenho baseada em projetos e portfólios.

De fato a Educação é um tema que preocupa especialistas de todo o planeta. Afinal, além da necessidade de se capacitar cada vez mais pessoas ao redor do mundo, os avanços tecnológicos têm mudado a forma como nos relacionamos com as informações.


Uma pesquisa divulgada em outubro de 2012 revelou que 70% dos usuários de internet com idades entre 9 e 16 anos têm perfil próprio em alguma rede social. Realizado pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), o estudo também revelou que 47% desses jovens acessam a internet diariamente ou quase todos os dias, com conexões a partir da escola (42%), de casa (40%), de uma lanhouse(35%) ou do celular (18%).
Assim, como a tecnologia é uma das principais aliadas, a utilização de jogos, fóruns, blogs e até mesmo das mídias sociais como forma de disseminar o conhecimento já é muito comum nessa modalidade. E os avanços tecnológicos certamente vão oferecer novos recursos para o desenvolvimento de práticas pedagógicas ainda mais incrementadas.


Embora não surpreendam, tais dados revelam que estamos diante de um grande paradoxo em relação ao atual modelo educacional. O principal ponto é que, em um mundo habitado por pessoas cada vez mais conectadas, os educadores dos diversos níveis de ensino têm de se adaptar a essa nova realidade. Isto leva o EAD - Educação a Distância para o centro do debate.


Depois do boom que a Educação a Distância teve entre os anos 2002 e 2008 - com crescimento de aproximadamente 100% ao ano - a modalidade tem mantido um percentual anual de 30%, segundo o Censo EAD.Br da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância). No entanto, o número de matrículas em cursos a distância aumentou mais de 100% em 2010 com relação ao ano de 2009. A maior parte corresponde a cursos corporativos.


Segundo dados do Censo da Educação Superior 2011, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em outubro de 2012, o país soma quase 993 mil estudantes na modalidade a distância. Porém, os números totais - que também incluem cursos livres, técnicos, de pós-graduação e extensão universitária - apontam um resultado bem maior. De acordo com o censo realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), o Brasil já soma mais de 3,5 milhões de estudantes que optaram pela modalidade.

A grande procura da EaD é explicada pela crescente necessidade de profissionais em aperfeiçoarem seus conhecimentos. Há, portanto, uma mudança no perfil do aluno virtual, que deixou de procurar apenas certificação e está buscando aprimoramento e reposicionamento no mundo do trabalho. Segundo o último censo da ABED (2011), há cerca de dois milhões e duzentos mil alunos virtuais no Brasil, que é um índice de certa forma contraditório se comparado com a pesquisa do Inep citada anteriormente. Segunda a ABED as matrículas em cursos de instituições de ensino público são correspondentes a pouco mais de 6% deste número (com 140.123 alunos). Para quem deseja ir mais a fundo recomendo que analise as metodologias e os dados amostrais sob a luz da estatística aplicada, conforme preconiza o nosso Curso de Plano de Amostragem por Atributos, por exemplo.

Dentre as vantagens que encontramos na nova modalidade de ensino para os que procuram uma nova qualificação, destaca-se o custo - que é aproximadamente 20% a 40% inferior ao custo de um curso presencial - além da flexibilidade de espaço e tempo que ele oferece. Talvez por tais benefícios, hoje uma em cada cinco pessoas que pretendem cursar o ensino superior demonstra interesse pelo curso a distância.

Porém a modalidade ainda enfrenta dificuldades como a relutância de algumas instituições, de professores que temem ser substituídos pela tecnologia, e o alto custo de produção e equipamentos necessários para um curso de boa qualidade. Mesmo assim, o professor e também presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), Fredric Litto, afirma que pesquisas feitas por entidades de educação apontam que "há cada vez mais aceitação e até favorecimento de formados pela EaD porque a experiência demonstra que essas pessoas acabam sendo funcionários e executivos mais proativos e autônomos na organização do que o típico formado presencialmente".


Um estudo realizado pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos baseado em dados dos anos de 1996 a 2008 revelam que os alunos de cursos semipresenciais ou a distância tem, em média, melhores resultados que estudantes presenciais dos mesmos cursos. A Educação a Distância do Brasil condiz com resultados dos estudos americanos. Em 2010 os alunos EaD tiveram uma média de 6,7 pontos superiores aos alunos de cursos presenciais no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A iniciativa de Educação a Distância, porém, não tem como objetivo ser comparada com as convencionais aulas presenciais, apenas visa superar preconceitos estabelecidos na sociedade, hoje já um tanto dissolvidos.

Um bom curso EaD exige muitos investimentos. Exemplos destes são o suporte tecnológico para todos os envolvidos (de discentes até coordenadores), o planejamento pedagógico, os recursos para comunicação em grupo (salas virtuais de reunião), e os profissionais que promovem a adaptação de recursos pedagógicos formulados por professores e tutores online.


Entendemos que o problema da aceitação ou não da tecnologia como instrumento de auxílio para a aprendizagem não é o principal fator que explica o fato de a maioria dos professores não falarem a língua dos alunos, mas sim os modelos mentais construídos pelas gerações que foram criadas no ambiente conectado e repleto de novas tecnologias são em suas essências diferentes dos modelos mentais desenvolvidos pelos professores, principalmente por aqueles que não perceberam o imenso potencial da Web quando isto era ainda uma novidade.


Hoje se exige não somente uma leitura em hipertexto, mas uma visão do todo a partir de uma parte, além da tão somente visão cartesiana,  e de um alinhamento de percepções aparentemente contraditórias, as quais somente são possíveis através do dialogo construtivo como assim o era na antiga Academia Grega, fonte dos Mestres verdadeiros que deveriam servir de inspiração para muitos professores atuais, auxiliando-os a se transformarem em Facilitadores e não complicadores, ao perceberem que se não conseguem entender os mais jovens é porque não conseguem conceber um mundo diferente do qual  idealizaram como um Castelo onde decidiram morar, mas que ficou congelado no tempo.


Fontes: http://www.ead.senac.br/noticias/2013/06/novas-plataformas-e-um-novo-educador/
http://www.univesp.ensinosuperior.sp.gov.br/4049/dados-revelam-desenvolvimento-da-educacao-a-distancia-no-brasil-e-na-unesp

A visão integrada de Gestão de Marketing, Vendas e Gestão de Clientes

 

CRM1

Normalmente toda a atividade empresarial começa quando temos algo para vender e percebemos que existe alguém interessado na compra do que estamos oferecendo.

De fato, desde a Revolução Industrial até a metade do século XX tudo que era produzido não atendia a capacidade de consumo, portanto o "gargalo" estava na Produção. Todavia, com as iniciativas crescentes de adoção de novas tecnologias e o conseqüente barateamento do processo produtivo pelo aumento da escala conseguiu-se atingir um equilíbrio entre a produção e o consumo, principalmente a partir da década de 60 do século passado, nos países desenvolvidos. A partir daí, cada vez mais se observa um aumento maior na capacidade de produção do que de consumo, transferindo o "gargalo" nas empresas para as funções voltadas para o entendimento e desenvolvimento de mercado. O conceito de Marketing passa a ser uma abordagem diferenciada nas estratégias de Administração e vai começando a se perceber a transição entre o que se pode chamar de economia de produção para a economia de mercado, e de maneira cada vez mais frequente o questionamento principal: Para quem vender? A que Preço? Em que condições? Como vender mais e com que lucratividade? 

Portanto o trabalho de Vendas é extremamente detalhado e cabe ser abordado, discutido e repensado continuamente, daí o enfoque que damos em ampliar a visão e atuação da Gestão através de abordagens e atividades específicas de vendas, de marketing e do chamado "foco no cliente". Se pensarmos pela ótica de processos, onde começa cada um dos macroprocessos e quais são os eventos que determinam a realimentação (entradas e saídas) entre eles?

Em linhas gerais as atividades de vendas iniciam sempre a partir de oportunidades qualificadas e vão até o fechamento da venda (entrega do produto/serviço e recebimento). Portanto o vendedor tem que trabalhar em seu dia-a-dia neste ciclo restrito, mas deve receber toda informação necessária para seu trabalho para poder atuar de forma eficiente. O que vai determinar a eficácia da empresa como um todo é a capacidade de conquistar e reter os clientes de mais valor, aumentando assim o tempo de vida ("life time value") deles para com a organização. O marketing faz justamente este "elo" entre os processos de venda e a fidelização do cliente, proporcionando uma efetiva Gestão de Clientes, o nível de maturidade mais alto que as empresas devem buscar tendo por base este enfoque.

 

LTV

 

Para que a empresa obtenha todos os benefícios do conceito de marketing, este deve ser traduzido em ações, significando que:

1. As atividades de Marketing devem ser completamente bem coordenadas com as atividades de Vendas e alinhadas com a empresa como um todo.
2. O Diretor de Marketing deve ter um papel de importância estratégica na empresa.

 

O pessoal de Marketing tem, de maneira geral, quatro objetivos básicos a atingir:

Maximizar as vendas de produtos nos mercados existentes.


Desenvolver e vender novos produtos.


Desenvolver novos mercados para os produtos existentes ou novos.


Proporcionar a qualidade de serviço necessária para os clientes ficarem satisfeitos com suas transações e continuarem comprando da empresa.

 

Se em sua empresa ainda não está claro o papel do marketing e o de vendas é porque ainda não houve um questionamento sério sobre qual é o melhor processo e onde há mais eficácia em atividades relacionadas com o relacionamento com o cliente e publicidade/propaganda. Questões sobre o que é visão estratégica do Marketing, no sentido de dar sustentabilidade ao Posicionamento de mercado da empresa e seu relacionamento com a comunicação, seja institucional, seja através de segmentações e campanhas dirigidas para públicos-alvo específicos devem ser respondidas. Se isto não está claro, sempre fica a questão a ser respondida sobre o papel do Marketing de Relacionamento e a Força de Vendas, por exemplo. Quanto a Força de Vendas, quatro perguntas básicas que podem definir o seu papel na empresa:

 

1.Qual é o grau necessário do esforço de Vendas para conquistar e manter os clientes?

2. Em comparação com a propaganda e outros métodos de promoção de vendas, a força de vendas é a melhor ferramenta de marketing, em termos de custo e benefício?

3. Em que tipos de atividades de vendas a Força de Vendas é a melhor alternativa?

Vamos criar um exemplo, imaginando um Vendedor e nos deparar com o seguinte cenário (um tanto caótico, desestruturado como normalmente se depara um profissional da área comercial):

->10%  das propostas tem retorno;  

->15%  ficam com a concorrência;

-> o resto fica sem decisão -

Devido a não haver uma visão;

Devido a não ter valor;

Devido a não ter chegado a alguém que decide.

 

O melhor produto não ganha, ganha o melhor vendedor!  (O Vendedor deve acreditar nesta premissa, senão não é Vendedor !).

Qual o tempo que você gasta para aprender a funcionalidade de seus produtos ou como são disponibilizados os serviços que a sua empresa vende?

Quanto tempo você acha que seus prospects tem para conhecer seus produtos?

Tire palavra solução do seu vocabulário!  Solução é o que estiver na visão do comprador, pois ele é quem deve perceber os benefícios em adquirir o que você está oferecendo.

Imagine um método que dê um controle confortável de condução do processo pelas partes, tanto a de quem compra quanto a de quem vende.

Se precisar existir um diferencial para a compra, o diferencial pode estar na venda, principalmente em fazer nossas vendas pessoalmente, diferentes das outras pessoas.

Imagine uma forma de transformar o ato de venda em facilitador da compra e o vendedor atende um comprador que já está muito interessado em comprar a sua oferta.

Se para a maioria das perguntas que estão acima houve um resposta vaga ou você não sabe responder é porque está faltando "marketing" para te ajudar!

O quadro a seguir mostra de uma forma bem resumida as principais diferenças entre o enfoque de marketing e o enfoque de vendas:

Conceito de Vendas

Conceito de Marketing

1.Ênfase no produto/serviço agregado.

1.Ênfase nos desejos de segmentos específicos de Clientes.

2. Primeiro a empresa produz o produto / serviço agregado e depois define como vendê-lo.

2. Primeiro a empresa identifica os segmentos significativos de clientes em nichos de mercado específicos e depois determina como produzir e oferecer um produto / serviço agregado que satisfaça as demandas de forma lucrativa para ambos.

3. A administrição é orientada para o volume de vendas.

3. A administração é orientada para o lucro (curto, médio e longo prazo).

4. Planejamento é de curto prazo, feito em termos de produtos / serviços agregados e mercados de hoje.

4. Planejamento é de longo prazo, feito em termos de produtos / serviços novos, mercados de hoje e amanhã e crescimento futuro, orientando o desenvolvimento de produto para criar um Valor que é percebido pelo cliente de forma a fidelizá-lo buscando obter uma renda recorrente.

5. Enfatiza as necessidades da empresa vendedora.

5. Enfatiza os desejos específicos de grupos significativos de eventuais compradores.

 

Outro erro comum é se contratar ferramentas de automação da força de vendas que incorporam os conceitos de Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM - Customer Relationship Management) sem ainda a empresa não ter uma visão clara de todos os processos integrados pela ótica do Marketing de Relacionamento. Não é de espantar, portanto, que o CRM, ou Gestão de Relacionamento com os Clientes, tenha criado uma grande expectativa e de certo modo frustrado muitas organizações. E isso acontece por várias razões:

 

1.Falta uma definição clara de quais são os segmentos-chave de clientes que se quer captar e reter, junto com uma clara definição do posicionamento competitivo desejado em cada segmento-alvo. Qualquer nova ferramenta de gestão pode ser sedutora, mas há algo especialmente cativante sobre softwares cuja promessa é fazer com que um problema desapareça. Isso é o que prometem muitos programas de CRM, sugerindo que automatizarão o delicado e por vezes misterioso processo de evitar clientes de margens baixas e atrair os de margens altas. A gestão bem-sucedida de relacionamento com os clientes é baseada na -e, portanto,  precedida da- boa e velha análise de segmentação.

 

2.Falta uma visão completa dos objetivos e passos-chave para uma estratégia completa de lealdade. Uma vez identificados os clientes que quero ter e reter, preciso formular uma estratégia clara de como fazê-lo.

 

3.Na falta de um esforço de segmentação e de uma clara estratégia de fidelização, as iniciativas acabam gerenciadas pelo lado tecnológico. Assim, muitas vezes os fornecedores de software determinam a abordagem ao gerenciamento de clientes da empresa. Ou, com a mesma freqüência, a estratégia de clientes é retroalimentada para alinhá-la à tecnologia de CRM recém-adquirida. Num passado não muito distante, a própria definição de CRM favorecia a abordagem puramente tecnológica.

 

4.Por vezes, implementa-se tecnologia de CRM sem antes criar uma organização voltada para os clientes. Se uma empresa quiser desenvolver relacionamentos melhores com seus clientes mais lucrativos, precisa primeiramente  reforçar os processos-chave relacionados com clientes, do serviço ao consumidor ao processamento de pedidos. Ter uma estratégia não é o bastante: uma implantação de CRM  será bem-sucedida somente depois que a organização e seus processos, descrição de funções, medidas de desempenho, sistemas de remuneração e programas de treinamento tiverem sido reestruturados para atender melhor às demandas dos clientes.

 

Assim, antes devemos ter uma definição clara de todas as informações que devemos buscar sobre os nossos clientes e também de todas as atividades necessárias dentro da organização para se chegar em um ponto onde poderemos realmente ter implantada a visão de Gestão de Clientes a partir da ótica do cliente (externa) para dentro da organização.

 

Para ter um Ciclo Contínuo de Vendas é necessário a empresa desenvolver ações e atividades conforme o quadro a seguir (cujos elementos são discutidos em detalhes nos posts específicos no Blog do GrupoTreinar -> www.grupotreinar.com.br/blog ):

 CicloVendas

 

 

Governança em Segurança da Informação

 

Governança em SI

 

Os investimentos em Segurança da Informação já estão na lista de prioridades dos CIOs de grandes corporações há tempos, todavia esta preocupação já começa a ser questionada do ponto de vista estratégico, notadamente sob a ótica do gerenciamento de risco. Organizar a TI para crescer de forma sustentável é um objetivo comum das organizações, no entanto ao dar os primeiros passos as questões de governança da sua segurança se tornam cada vez mais prioritárias, tornando cada vez mais claro que há um GAP entre o que existe hoje de real na maioria delas e a distância que tais empresas ainda precisam percorrer para sua governança sob os aspectos e enfoques de um sistema efetivo de gestão da segurança da informação - SGSI com a Gestão de Riscos.  Enquanto a Gestão da Segurança da Informação atende as demandas pontuais (visão de curto prazo ou operacional) para garantir confidencialidade, integridade e disponibilidade dos ativos, a Governança da Segurança da Informação alinha as ações de Governança aos objetivos estratégicos da organização, o que permite a área de Segurança da  Informação  venha agregar  valor  ao  negócio  e esteja apta para atender não somente as demandas atuais mais também as futuras.  

 

Nesse contexto fica evidente que governar a Segurança da Informação é uma tarefa complexa, que exige o apoio da alta direção e que é mais facilmente atendida quanto maior for o nível de maturidade do processo de gestão da segurança da informação.

 

Esta visão deve partir desde a criação de plano formal de negócios e preparar a organização para eventuais incertezas, desenvolver um modelo de governança compatível com o futuro planejado, que permite identificar e gerir os riscos associados ao negócio, levando-se em conta  que na avaliação dos riscos potenciais não passará despercebido os temas ligados a ações de hackers e vírus, eventuais perda de informações dos clientes, indisponibilidade operacional, falha de conduta e falta ética de parceiros e colaboradores, roubo de propriedade intelectual, espionagem, vazamento de informações e até fraude.

Neste esforço, a experiência nos diz que ainda há uma enorme dificuldade em demonstrar para a alta direção das organizações, o valor real da Segurança da Informação e o retorno do investimento necessário nessa área quando ainda não ocorreu um incidente grave de segurança. O mesmo se passa frequentemente na implementação de um sistema de gestão de continuidade de negócio, por exemplo.

Para os dirigentes de uma organização o número de vulnerabilidades corrigidas em determinada aplicação ou a quantidade de ataques sofridos no último mês não são informações relevantes se não forem relacionadas com as principais interrupções nos principais processos de negócio, ou prejuízos de ordem financeira.  Daí a importância em direcionar as ações e o planejamento da gestão de maneira que "falem a mesma língua" da direção do negócio.

Esta capacitação que propomos - Curso Governança em Segurança da Informação - habilita o participante a ampliar o conhecimento sobre a Governança da Segurança da Informação, sua importância estratégica e descreve detalhadamente os seus principais componentes. Por outro lado, dá subsídios para que a Governança Corporativa possa interagir e controlar a Governança de TI nos seus aspectos relativos 'a segurança da informação permitindo que a organização estabeleça seus objetivos,  determine os meios necessários para alcançá-los e monitore seu desempenho com elementos garantidores suportados por um SGSI.

Sempre é bom lembrar que a visão integrada da segurança da informação e as novas quatro "ondas" (mobilidade, social network, cloud e Big data) que estão se "quebrando" sobre as empresas e a própria indústria de TI vão provocar uma descontinuidade na maneira de como se adquire e usa tecnologia garantindo a confiabilidade, disponibilidade e integridade das informações que a partir desta nova visão será distribuída e gerenciada por toda a cadeia produtiva, indo desde a indústria até o ponto de venda. Mas para "surfar estas ondas" de forma segura temos que ir além das tecnologias que as suportam, e para isso precisamos dar muita atenção à preparação, contratação e reciclagem dos profissionais de TI, processos e todos os componentes envolvidos com a segurança de forma ampla e de todo risco relacionado.

 

Este conteúdo aborda várias metodologias,  modelos de boas práticas, frameworks e normas ISO, partindo-se de um tópico muito comum da administração baseado na ferramenta da qualidade, o enfoque PDCA. Esta ferramenta visa garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência dos negócios e, embora simples, representa um avanço sem limite para o planejamento eficaz e também é a base do planejamento para a Governança com foco na segurança da informação.

Este ciclo é necessário para que todas as experiências sejam constantemente revisadas, para que os ajustes sejam realizados e para que o aprendizado com os erros seja possível. Desta forma é possível sempre identificar necessidades de melhoria, principalmente nas áreas suportadas por processos de apoio onde os recursos em todos os sentidos são mais escassos, devendo dessa forma alcançar a melhor produtividade possível nos processos implantados.

Diversos fatores influenciam a implantação de uma Governança de Segurança da Informação, começando pela nomenclatura, dialetoum tanto estranho à realidade dos principais executivos das empresas. O Perfil do profissional gestor de TI é outro fator que é decisivo para o sucesso de um projeto desse nível. Além das habilidades técnicas, tornam-se necessárias outras características, como um perfil de negociador e de liderança transformacional independente da hierarquia que ocupa. O gestor deve buscar obter alinhamento estratégico da segurança da informação. A organização precisa, por exemplo, desenvolver e divulgar de forma conjunta com a Governança em geral uma politica de segurança da informação de acordo com um plano de continuidade de negócio, se possível.

Já no que diz  respeito  a  gestão  de riscos   as   diretrizes gerais devem focar em uma   análise sistemática e avaliação dos riscos, identificar, monitorar e reportar incidentes de segurança, estimar e reduzir a probabilidade e o impacto dos riscos.

 

A Governança em Segurança da informação deve ter como diretrizes mestras o Alinhamento Estratégico, a Gestão de Riscos, Gestão de Infraestrutura (incluindo todos os recursos de forma eficaz), Gestão de Indicadores de Desempenho de Segurança da Informação e principalmente estar alinhada a entrega de Valor do negócio como um todo.

 

 

Sobre a gestão de desempenho através de indicadores é bom frisar que não basta criar e implementar controles, é preciso checar a eficácia dos mesmos. Exemplos de metas para monitorar esse objetivo: número de incidentes e quantidade de sistemas que não atendem aos requisitos de segurança.

 

Minimizar o impacto de incidentes e reduzir a probabilidade de interrupção dos serviços são exemplos de metas que podem ser utilizadas para verificar se a organização está alcançando  seu  objetivo principal,  a  entrega  de valor.

 

 

O homem cadente

 

 

 

 

Mia Couto Moçambique

 

 

 

Quando me vieram chamar, nem acreditei:

 - É Zuzézinho! Está caindo do prédio.

 E as gentes, em volta, se depressavam para o sucedido. Me juntei às correrias, a

pergunta zaranzeando: o homem estava caindo? Aquele gerúndio era um desmando nas

graves leis da gravidade: quem cai, já caiu.

 Enquanto corria, meu coração se constringia. Antevia meu velho amigo estatelado

na calçada. Que sucedera para se suicidar, desabismado? Que tropeção derrubara a sua

vida? Podia ser tudo: os tempos de hoje são lixívia, descolorindo os encantos.

 Me aproximava do prédio e já me aranhava na multidão. Coisa de inacreditar:

olhavam todos para cima. Quando fitei os céus, ainda mais me perturbei: lá estava,

pairando como águia real, o Zuzé Neto. O próprio José Antunes Marques Neto, em artes

de aero-anjo. Estava caindo? Se sim, vinha mais lento que o planar do planeta pelos

céus.

 Atirara-se quando? Já na noite anterior, mas o povo só notara no sequente dia.

Amontara-se logo a mundidão e, num fósforo, se fabricaram explicações,

epistemologias. Que aquilo provinha de ele ter existência limpa: lhe dava a requerida

leveza. Fosse um político e, com o peso da consciência, desfechava logo de focinho.Outros se opunham: naquele estado de pelicano, o cidadão fugia era de suas dívidas.

Ninguém cobra no ar.

 Houve até versão dedicadamente cristã. Um mirone, longilongo, vestido como se

coubesse numa só manga, bradejou apontando o firmamento:

 - Aquilo, meus senhores, é o novo Cristo.

 E o magricela prosseguiu, em berros: Cristo nos escancarou as portas de quê? Do

céu, caros confrades. Do céu. Pois agora, o supramencionado Zuzé nos mostrava o

caminho celestial. E fazia-o sem ter que morrer, o que era uma reconhecida vantagem.

 - Aquilo, meus senhores, é o Cristo descrucificado.

 Mandaram que calasse. Outros, mais práticos, se ocupavam com o que se iria

seguir. E vaticinavam um fim, enfim:

 - O tipo vai demorar assim, uma infinidade de dias.

 - Vai é morrer de sede e fome.

 Se nem na terra se comia nas vigentes condições, quanto menos nas nuvens. A mim

me abalava era a urgência de meter mãos na obra. Alguém devia fazer a certeira coisa. E

gritei, entre os zunzuns:

 - Chamaram os bombeiros?

 Sim, mas estavam em greve. Estivessem no ativo faria pouca diferença: eles não

tinham carros, nem escada, nem vontade. Eram, na verdade, bombeiros bastante

involuntários.

 Fazia-se tarde, as pessoas reentravam. Ficaram uns quantos, escassos e silenciosos.

Voltei a olhar o céu.

 - A chover assim, o tipo vai ensopar, ganhar peso e desandar por aí abaixo.

 Os deuses tivessem ouvidos. Parou de chover. E os dias seguintes prosseguiam

como se o próprio ar tivesse parado. O voo de Zuzé já era um atrativo da cidade.

 Negócios vários se instalaram. Turistas adquiriam bilhetes, cicerones do fantástico

explicavam versões inéditas de como Zuzé nascera com penas no sovaco e descendia de

uma família de secretos voadores. O fulano era o congênito destrapezista. O próprio tio

alugava um megafone para que enviassem mensagens e votos de boas bênçãos. Até eu

paguei para falar com o meu velho amigo. Quando, porém, me vi com o megafone não

soube o que dizer. E devolvi o instrumento.

 De fato, vieram as autoridades devidas, por via do chefe máximo das forças policiais

se fizeram ouvir por devido altifalante:

 - Desça em nome da lei! O político por trás lhe segredava as deixas. As massas, os eleitores, ansiavam por

um desempenho.

 - Continue a dar ordens. Continue, mais firme! - incitava o político. O porta-voz

obedecia, estridenteando:

 - O seu comportamento, caro concidadão, é verdadeiramente antidemocrático.

 Contra os direitos humanos, bichanava o político. Contra a imagem de estabilidade

de que a nação carecia, ainda acrescentou o falante. Os doadores internacionais se

espantariam com o desacontecimento. Mas Zuzé nem água ia nem água vinha. Sorria,

em trejeito malandro.

 E, agora, pronto: ponho ponto. Nem me alongo para não esticar engano. Pois tudo o

que vos contei, o voo de Zuzé e a multidão cá em baixo, tudo isso de um sonho se

tratou. Suspirados fiquemos, de alívio. A realidade é mais rasteira, feita de peso e de pés

na terra.

 Mas eu, no dia seguinte, não estava certo do meu sossego. E fui ao local para me

certificar de quanto eu devaneara. Encontrei tudo arrumado no regime da cidade. Lá

estava o céu, vazio de humanos voadores.

 Só o competente azul, a evasiva nuvem. E os pássaros mais sua avegação. E

mais a praça, bem terrestre, desumanamente humana. Tudo sem notícia, tudo pouco

sonhável.

 De repente, vi a moça. A mesma do sonho. Ela, sem tirar nem opor. E, para mais,

continuava olhando os céus. Me cheguei e ela, sem deixar de olhar para o firmamento,

sussurrou:

 - Já não o vejo. E o senhor?

 - Eu, o quê?

 - O senhor consegue ver Zuzé?

 Menti que sim. Afinal, mais valia um pássaro. Mesmo de fingir. Deixássemos Zuzé

voar, ele já não tinha onde tombar. Neste mundo, não há pouso para aves dessas. Onde

ele anda, é outro céu.

Autor:Mia Couto

Fonte: http://www.visionvox.com.br/biblioteca/c/COUTO,-Mia-O-Fio-das-missangas.pdf

FastSalas.com

 

Entrega de excesso de conteúdo = Aprendizado?

AuditórioVazio

Como você aprende? Quando você quiser adquirir uma nova habilidade ou aplicar algum novo conhecimento, você aprende passivamente ao sentar e ouvir uma palestra de especialista por 90 minutos, sem uma pausa e 150 lâminas PPT? O que você realmente vai assimilar e qual o conhecimento que irá manter? E, o que você realmente vai aplicar? Ou você aprende melhor quando você tem a chance de processar o conteúdo a cada 15 minutos pensando sobre isso calmamente ou falar com um colega? Você se concentra melhor quando você pode se mover ou, ao contrário, quando necessariamente tem que ficar sentado por muito tempo?

 

Eu sei que para mim mesmo que eu não aprendo, mantenho os conhecimentos ou o aplico quando o conteúdo é infinitamente compartilhado - mesmo de um especialista - sem uma parada. Se eu não posso processar o que eu ouço, fazendo perguntas ao perito ou um check-in com um outro participante ou sentado em silêncio e só refletindo sobre o que foi compartilhado, há um ponto que eu chego após cerca de 15 minutos - é o chamado "Meu cérebro está cheio". "Eu me perguntava se eu estava ou não apenas estranhando o que acontecia comigo, por isso fui à procura de alguma da literatura que analisa a concepção de aprendizagem a partir da perspectiva da neurociência cognitiva.

 

Embora possa ser de leitura difícil, mas o livro  de Sharon Bowman "Using Brain Science To Make Science Stick" tem sido um recurso fantástico. Se você é um treinador, professor ou exerce qualquer atividade correlacionada, você está trabalhando com o cérebro humano a cada dia e você precisa saber o máximo possível sobre a forma como os seres humanos aprendem e como ensinar bem um tópico. Entender o que prende a atenção ou tornam as pessoas dispersas pode fazer a diferença entre entregar numa sessão que o é valioso ou um desperdício de tempo. O livro oferece vários princípios simples para incorporar:

 

O movimento é melhor opção do que ficar sentado o tempo todo;

Tendo possiblidade dos participantes conversarem entre si é melhor do que terem que ficar ouvindo sem poderem falar;

As imagens são melhores do que palavras para ajudar na instrução;

Escrever é melhor do que ler;

Curto é melhor do que longo;

Opções de entrega diferentes são melhores do que não dar opção nenhuma.

 

  1. Quebras de corpo:O livro sugere a incorporação de algum tipo de movimento ou atividade corporal a cada dez minutos. Uma técnica descrita que eu uso muitas vezes é "as partes em pares", que faz as pessoas buscá-la, tomar essa ruptura do corpo, e fazer algum tipo de check-in com alguém.
  2. Andar e falar:eu faço isso muito nos treinamentos de meio dia ou dia inteiro. Os participantes podem fazer um exercício, mas os resultados são positivos já que levam para uma maior interação e questionamentos.  
  3. Escrita no Muro:Esse é um exercício onde os participantes vão escrever respostas específicas nas cartas marcadas na parede. Pode ser uma resposta a uma pergunta, uma pergunta sobre qualquer dúvida que persiste, uma súmula, um parecer sobre o conteúdo, os fatos que eles querem lembrar, ou como pretendem utilizar o conteúdo.

 

O que eu estou lutando com a forma de incorporar paradas com os participantes permitindo assim questionamentos com mais profundidade, especialmente no contexto de uma sessão de conferência de 90 minutos. Durante uma sessão recente de uma conferência onde eu costumava criar "partes em pares" para manter as pessoas em movimento, um dos comentários sobre a avaliação foi: "As paradas eram muito curtas / frequentes para obter uma profundidade suficiente." Agora que é um desafio entregar um conteúdo em uma sessão interativa,   em profundidade, com 80-100 participantes em 90 minutos!

 

Falando VS Ouvindo

 

A literatura de ciência do cérebro sugere que os alunos compreendem e lembram  mais quando eles falam sobre o que estão aprendendo. No entanto, existem algumas pessoas que frequentam sessões de conferências ou treinamentos que se sentem desconfortáveis ​​em falar ou se movimentar. Um comentário na avaliação de uma sessão NTC recente, enquanto a minoria, disse assim: "Enquanto os apresentadores estavam envolvidos tivemos boas informações e não havia muito tempo para conversar com os participantes um-a-um sobre suas próprias experiências e situações. Quero aprender com os especialistas e o tempo que passei conversando com os colegas não me deu qualquer tipo de substância e minimizou o tempo que os peritos falaram."

 

O livro oferece algumas grandes dicas que devem ser lembradas sobre como tornar suas apresentações mais interativas. O melhor, "Pare de falar: Quanto mais você falar, menos os participantes aprendem." Mesmo se você está apenas fazendo uma pausa de 60 segundos para dar às pessoas uma oportunidade para resumir o que aprenderam. Se você incorporando à sessão uma discussão em grupo, é importante lembrar o que não é de baixo risco e o que é de alto risco. Baixo risco permite que os participantes colaborem em uma resposta à pergunta e alto risco pede para uma pessoa para responder o que implica na possibilidade de não haver resposta. É bom começar com baixo risco. O mesmo vale para pequenos grupos e grandes discussões em grupo. Dê aos participantes uma oportunidade de responder às perguntas, bem como fazer perguntas abertas. Todas estas técnicas incorporam interação e melhor assimilação de seu conteúdo.

 

Em alguns casos, você pode ter os introvertidos extremos - aqueles que estão interagindo muito desconfortávelmente com outras pessoas para aprender. Segundo a pesquisa, eles representam 2-12% da população em os EUA. Isto era verdade para a sessão NTC, uma pessoa comentou: "Eu sou um introvertido, por isso a parceria com outra pessoa não funcionou para mim.".  Outro princípio descrito no livro irá trabalhar para eles - "Escrevendo vs Lendo". Você levar as pessoas questionarem silenciosamente por escrito o que aprenderam.  

 

Como você aprende melhor em conferências ou workshops? Você quer que o conteúdo seja mostrado sem interrupção ou você precisa de algumas maneiras alternativas para processar e assimilar o que você aprendeu? Como apresentador ou treinador, você permite que o público processe e assimile o seu conteúdo? Como?

 

Fonte: http://www.bethkanter.org/content-learning/

 

Saiba medir o esforço de desenvolvimento de projetos de software

APF

APF - Análise de Pontos de Função é uma técnica para a medição de projetos de desenvolvimento de software, visando estabelecer uma medida de tamanho, em Pontos de Função (PF), considerando a funcionalidade implementada, sob o ponto de vista do usuário. A medida é independente da linguagem de programação ou da tecnologia que será usada para implementação. No contexto de um desenvolvedor, seja uma pessoa física ou uma empresa, a AFP torna possível mensurar o tamanho do software; o que, por sua vez, traz excelentes indicadores na gestão de projetos sob esse cenário.
Sob esse contexto, os objetivos da APF são:

  1. medir a funcionalidade solicitada pelo usuário, antes do projeto de software, de forma a estimar seu tamanho e seu custo;
  2. medir projetos de desenvolvimento e manutenção de software, independentemente da tecnologia utilizada na implementação, de forma a acompanhar sua evolução;
  3. medir a funcionalidade recebida pelo usuário, após o projeto de software, de forma a verificar seu tamanho e custo, comparando-os com o que foi originalmente estimado.

Histórico:
   1979 Allan Albrecht (IBM) cria as primeiras regras da APF
   1983 primeiro curso de APF no Brasil (Unisys)
   1984 primeiro manual de APF
   1986 criação da primeira diretoria do IFPUG *
   1996 primeiro exame CFPS no Brasil
   1998 criação do BFPUG
   2004 CFPS no Brasil = 200
   2007 CPM (Manual de Práticas de Contagem) versão 4.2.1 em Português

Em um ambiente  de gestão de projetos de softwares é muito importante levar em consideração que o  "dimensionamento" do software é um fator essencial para a determinação do esforço necessário para sua construção. Desta maneira, tendo auferido e quantificado o esforço necessário, melhores serão as possibilidades de uma estimativa dos parâmetros de esforço, tempo e custo mais adequados a realidade dos projetos envolvendo sistemas.


Controlar o desenvolvimento e o estado operacional dos sistemas de informação é uma tarefa difícil. Esta tarefa se torna ainda mais difícil uma vez que estes sistemas se tornam mais complexos. As razões para isso estão estreitamente alinhadas com as medidas (em termos de funcionalidade útil):

  1. da funcionalidade que é oferecida ao usuário pelo sistema;
  2. do esforço e recursos necessários a fornecer essa funcionalidade ao usuário;
  3. do esforço e recursos necessários a manter o sistema operacional na fase de manutenção e melhoria.


A Análise de Pontos de Função (APF) pode ser usada para:

  1. descrever o escopo  de  um  sistema  e  medir  o  seu  tamanho  funcional, independentemente da tecnologia que será usada no sistema;
  2. derivar a produtividade e métricas de desempenho do processo, estimativa das necessidades de recursos e auxiliar no gerenciamento de projetos;
  3. avaliar  os fatores em um  ambiente de desenvolvimento que  influenciam a produtividade e oferecer uma base para melhorar os processos de desenvolvimento e manutenção; e
  4. determinar o escopo e tamanho da melhoria em um sistema e auxiliar na gestão de suas mudanças.


Conforme os itens citados acima e apesar do universo do desenvolvimento de softwares e sua gestão sob o foco de projeto serem de grande complexidade, a APF nos traz um conjunto de abordagens baseadas em padrões pré-estabelecidos e que "independam" tanto da complexidade do software quanto da forma como é desenvolvido. As organizações podem aplicar a Análise de Pontos por Função como:

  1. uma ferramenta para determinar o tamanho de pacotes de software       adquiridos, através da contagem de todos os Pontos por Função incluídos no pacote;
  2. uma ferramenta para apoiar a análise da qualidade e da produtividade;
  3. um mecanismo para estimar custos e recursos envolvidos em projetos de    desenvolvimento e manutenção de software.

Podemos enumerar  uma grande diversidade de benefícios decorrentes da aplicabilidade da APF. Dentre os quais, pode-se citar:

  1. Atuar como elemento de suporte na análise de produtividade e qualidade de sistemas, associada a outras métricas ;
  2. Servir como apoio no desenvolvimento de projetos de software, em quaisquer de suas fases;
  3. Possibilita geração de histórico de projetos dando base para estimativas de custos e recursos
  4. Ser um  instrumento apontador quantitativo de recursos a serem alocados para a modelagem/desenvolvimento e posterior manutenção dos produtos gerados;
  5. Ser utilizada sob diferentes aspectos em todas as fases de projetos de sistemas permitindo se obter um fator de normalização e comparação de softwares
  6. Linguagem comum usuário x fornecedor, transparente o que reduz conflitos em negociações
  7. É um instrumento efetivo de apoio para a gerência de requisitos durante todo o projeto, apontando variações de escopo incontestáveis e auxiliando os Gerentes de Projetos junto aos clientes, servindo como um indicador de qualidade de projetos;
  8. Permitir aos usuários e gestores de TI a visibilidade dimensional dos pacotes e contribuir para decisões estratégicas entre desenvolvimento próprio ou outsourcing;
  9. Ser um indicador global do cálculo de preço de mercado para os produtos a serem comercializados;
  10. Se posicionar como elemento base para  um Benchmarking com sistemas de mesma familiaridade e compor base de conhecimento organizacional de projetos de sistemas, bem como permite auditagem.


Você poderá ler a seguir o Guia  "APF   para   Melhoria   de   Software",  publicado   pela Associação dos Usuários de Métricas de Software da Holanda e escrito por membros do grupo de trabalho "APF para Melhoria e Manutenção".

A NESMA© (Associação de Usuários de Métricas de Software da Holanda), conhecida anteriormente como NEFPUG (Grupo de Usuários de Pontos de Função da Holanda) foi fundada em Maio de 1989. Seus principais objetivos são:

  1. reunir pessoas e organizações para a troca de conhecimentos e  experiências no   desenvolvimento e aplicação de métricas de software;
  2. promover a responsabilidade no uso de métricas de software;
  3. apoiar a formulação e adoção de padrões de métricas de software;
  4. incentivar o desenvolvimento e aplicação de métricas de software.

A NESMA© está trabalhando para atingir esses objetivos através de:

  1. atividades de seus grupos de estudo e trabalho;
  2. pesquisa realizada por seus membros;
  3. organização de palestras, treinamentos, simpósios e similares.
  4. recomendações no uso de métricas de software;
  5. coletar e publicar literatura em métrica de software;
  6. colaborar com organizações com interesses similares;
  7. estabelecer contatos e colaborar com outros grupos de usuários e associações de métricas de software do mundo afora, incluindo IFPUG (EUA), ASMA (Austrália) e FESMA (Europa).


Fontes-> http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_de_pontos_de_fun%C3%A7%C3%A3o
Guia Profissional da Associação dos Usuários de Métricas de Software da
Holanda
:
http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/c/document_library/get_file?uuid=066903b6-39e9-44c4-833f-e7155a1c68c9&groupId=335215

Para saber mais acesse:


Curso de Engenharia de Requisitos


Curso Completo em APF - Análise de Ponto de Função


© Copyright2009, NESMA. Todos os direitos reservados. Associação  dos Usuários de Métricas de Software da Holanda (NESMA), chamada anteriormente de NEFPUG. Nada nesta publicação pode ser reproduzido ou publicado em nenhuma forma ou método sem a permissão escrita da NESMA.
Ao contrário de outros manuais e guias da NESMA, esta regra vale também para membros da NESMA. Após a permissão  ser concedida, o título da página do documento contendo o material reproduzido  ou publicado deve incluir os seguintes dizeres: "Esta publicação contém material do guia profissional "Análise de Pontos de Função pare Melhoria de Softwarep• ublicado pela NESMA. Esta publicação foi feita com permissão da NESMA".

Aprendizagem em Ação

Aprendizagem em Ação

É cada vez mais prioritário que os líderes de negócios  devem sempre saber como pensam seus clientes, funcionários e concorrentes. De posse dessas informações, é hora de agir com precisão.

Isto pode se chamar Inteligência Competitiva, o que é uma forma proativa de captar e organizar informações relevantes sobre o comportamento da concorrência, mas também dos clientes e do mercado como um todo, analisado tendências e cenários, e permitindo um melhor processo de tomada de decisão no curto e longo prazo.

A questão fundamental está na forma como as empresas coletam, decifram e utilizam essas informações pode ser um fator determinante  para a perenidade do negócio. O livro Aprendizagem em Ação, escrito pelo respeitado professor da Escola de Negócios de Harvard, David A. Garvin, explica com autoridade como podemos adquirir esse conhecimento por meio das pratica das chamadas "organizações educativas" ou "learning organizations". Além disso, a obra delimita os passos a serem dados para o estabelecimento de uma corporação dessa natureza.

Observando-se este tipo de  organização, podemos perceber algumas características diferenciadas:

 

    O aprendizado não é meramente reativo mas sim intencional, eficaz e conectado ao objetivo e à estratégia da organização;


    O aprendizado é oportuno, prevendo os desafios, as ameaças e as oportunidades, e não simplesmente reagindo às crises;


    O  aprendizado cria flexibilidade e agilidade para que a organização possa lidar com a incerteza;


    Mais importante ainda, as pessoas se consideram capazes de gerar continuamente novas formas de criar os resultados que mais desejam.  Por isso, as mudanças que caminham lado a lado com o aprendizado criam raízes, em vez de ser transitórias.


Para adquirir essas qualidades pró-aprendizado, as  "learning organizations"  têm algumas práticas diferenciadas, tais como:

    Elas cultivam uma visão holística das coisas que fazem com que as organizações complexas funcionem, das coisas que fazem a mudança criar raízes e de como usar a lógica dos sistemas para diagnosticar necessidades e projetar novas ações de modo que o aprendizado seja eficaz e a mudança permanente;


    Elas não reservam esses insights somente para um pequeno grupo de pessoas em cargos-chave. As "learning organizations"  sabem que somente com uma participação ampla na geração do conhecimento e na criação da mudança é possível criar o desejo e o entusiasmo pela mudança contínua. O amplo envolvimento também melhora a eficácia das ações porque insights múltiplos entram em ação e aumentam a flexibilidade e a agilidade da organização;


    Elas patrocinam programas para aperfeiçoar e diversificar continuamente as capacidades dos funcionários e aumentar sua capacidade de mudar. As descrições de cargo são relativamente fluidas e baseiam-se nas tarefas que precisam ser executadas no momento;


    Elas têm plena consciência de que o aprendizado organizacional ocorre por meio de processos específicos e fazem esforços explícitos e contínuos para melhorá-los.


O processo de aprendizado organizacional tem quatro estágios: conscientização, compreensão, ação e análise. Depois vem a reflexão.

No aprendizado organizacional, entretanto, esses estágios representam tarefas coletivas: criar uma conscientização compartilhada da necessidade de aprender, desenvolver uma compreensão comum do que precisa ser feito, iniciar ações alinhadas com a estratégia corporativa para melhorar o desempenho e conduzir análises conjuntas tirando conclusões.

Essas atividades refletem o caráter singular da organização-aprendiz, na qual o conhecimento é gerado pelas pessoas que devem aplicá-lo e não por um grupo de elite composto por executivos seniores ou especialistas. Com freqüência isso acontece pela importação de conhecimentos de outras empresas, no chamado benchmarking.
 

Essas tarefas coletivas também indicam o desafio que é criar uma  "learning organization", uma vez que implicam qualidade nos relacionamentos, algo novo para a maioria das organizações. As pessoas terão de aprender o que é trabalho em equipe eficaz, para o qual um requisito importante é a comunicação franca e direta. Isso, por sua vez, talvez exija algumas modificações em comportamentos que atrapalham a comunicação.

 

O que torna o aprendizado particularmente eficaz? Como em qualquer processo, a resposta é um projeto de processo eficaz desde o início acoplado à sua melhoria contínua. Vamos voltar ao exemplo do gerente que quer se tornar um líder melhor. Depois de completar os estágios de conscientização, compreensão, ação e análise, ele acrescenta uma fase de reflexão independente e mais profunda sobre o que se passou, para chegar à melhoria contínua.

 

Ele começa esse quinto estágio por se perguntar: "Eu poderia ter me conscientizado da necessidade de mudar há mais tempo? Como? Como posso aumentar minha sensibilidade a essas questões . Na reflexão, o gerente segue avaliando cada uma das fases anteriores. Pensando na primeira parte, a da conscientização, ele se pergunta: "Será que eu deveria ter conversado com outros líderes eficazes?" Refletindo sobre o estágio de ação, ele se questiona: "Por que levei nove meses para efetivamente fazer algo? Será que consigo descobrir uma maneira de colocar as questões importantes ao lado das questões urgentes?" Debruçando-se sobre o estágio de análise, ele diz: "Eu não deveria ter adotado um modo mais inteligente de fazer as análises retrospectivas?"

Fica claro que, por esse processo de reflexão, o gerente e todas as pessoas tendem a se tornar aprendizes melhores ao longo do tempo. E um processo semelhante pode ser utilizado para aperfeiçoar o aprendizado organizacional.

O elemento central do livro Aprendizagem em Ação  é oferecer um exame prático para o que o autor chama de três caminhos fundamentais para o aprendizado corporativo. São eles o acumulo da inteligência através de fontes externas (por meio de entrevistas e mesmo observações de campo); compilação de dados através de ações direcionadas (como revisões de projetos finalizados e programas especiais); e experiências com diferentes fontes externas por dados variáveis (criação de protótipos e profundos testes de design corporativo).

Ao combinar pesquisas realizadas em diferentes campos e estudos detalhados de modelos bem-sucedidos em empresas como Xerox, GE e o Exército Americano, Garvin consegue nos dar uma visão global daquilo que Peter Senge, criador do conceito de  "Learning Organization", magistralmente idealizou.

Livro:APRENDIZAGEM EM AÇÃO - LEARNING ORGANIZATION: UM GUIA PARA TRANSFORMAR SUA EMPRESA. Esta obra é uma fonte de consulta definitiva para aqueles que desejam transformar suas empresas em organizações que aprendem.

Autor:David A. Garvin é ocupante da Cadeira Robert e Jane Cizik de Administração de Empresas na Harvard Business School. É economista, graduado na Universidade de Harvard, e Ph.D. pelo Massachussets Institute of Technology - MIT. É autor ou co-autor de nove livros, incluindo a obra que é um marco na ciência da Qualidade, além de um sucesso editorial: Gerenciando a Qualidade (Qualitymark Editora), com mais de 20.000 exemplares vendidos. Garvin recebeu por três vezes o Prêmio McKinsey, dado ao melhor articulista da revista Harvard Business Review e também é vencedor do Prêmio Beckhard, concedido ao autor do melhor artigo sobre mudança organizacional planejada para a Revista Sloan Management Review.

 

Referências:Aprender a aprender por David A. Garvin, P. Ranganath Nayak, Arun N. Maira,Joan L. Bragar.  http://books.google.com.br/books/about/APRENDIZAGEM_EM_A%C3%87AO_LEARNING_ORGANIZAT.html?id=l2Pt2VrWjKEC&redir_esc=y

 

Raspberry Pi: Agora já está disponível o módulo de câmera

 

Raspberry Pi Camera

Em desenvolvimento   desde o ano passado, o módulo da câmera Raspberry Pi está finalmente  disponível. O módulo  é baseado em um sensor Omnivision 5647 de 5MPixel que é configurado para oferecer uma resolução de imagem   de 2592×1944 ou ainda entregar vídeo com resolução de 1080p a 30fps (frames por segundo). Isso tudo é gerenciado em um pacote de 20x25x10mm que se conecta ao Pi através de um cabo de fita plana.

O suporte de software está incluso na distribuição Raspbian do Debian para o Pi; os usuários precisam atualizar para a versão mais recente, executar raspi-config, e selecionar "camera" para habilitar o suporte. Os utilitários fornecidos -  raspistill  e  raspivid  - permitem aos usuários capturar instantâneos e imagens de vídeo; instruções adicionais cobrem como alimentar o vídeo através da rede para Windows e Mac OS X. A placa custa £19,24 no Reino Unido, incluso VAT da RS Components.

  fonte: http://www.h-online.com/open/news/item/Raspberry-Pi-camera-module-now-available-1863706.html