IA Generativa: O Futuro dos
Empregos na Agenda dO C-Level
De Co-Pilot a Transformação da
Força de Trabalho para a era do Agente de IA (AI Agentic)

Baseado no artigo do InvestNews(
https://investnews.com.br/the-wall-street-journal/ceos-admitem-ia-empregos/),
que repercute a pesquisa global da PwC/The Wall Street Journal
acerca da IA e empregos, os CEOs já admitem: a IA vai acabar com os
empregos mais burocráticos.Nesta lista estão CEOs da Ford, do
JPMorgan, Amazon, Anthropic. Alguns cargos, por exemplo como
gerente de produto e engenheiro de software, já estão sendo
concentrados em uma única posição.
Tendo este fato como uma tendência,
fomos buscar na literatura gerencial quais seriam as melhores
práticas para que esta mudança ocorra de forma gradativa e
principalmente organizada levando-se em conta a produtividade.
Assim chegamos ao livro HBR Guide to Generative AI for
Managers, pois nele é proposta uma abordagem para a
implementação da Inteligência Artificial Generativa (GenAI) nas
empresas - vista tanto como uma ferramenta de colaboração (Co-Pilot
e Co-Thinker) que otimiza tarefas - quanto como um fator que leva à
substituição gradual de determinadas funções, um reconhecimento
crescente entre os líderes empresariais.
O artigo a seguir apresenta uma
análise estratégica, direcionada ao C-Level, sobre a evolução do
impacto da Inteligência Artificial no mercado de trabalho. A
discussão é dividida em duas fases principais: a atual, dominada
pela IA Generativa (GenAI), e a futura, definida pela ascensão
da IA Agente (Agentic AI).
1.O Impacto Imediato da IA Generativa: O Fim dos
Empregos Burocráticos
A primeira parte do documento estabelece que a IA Generativa já
está remodelando a força de trabalho, atuando principalmente no
modo "Co-Pilot".
- Substituição de Tarefas: CEOs
de grandes empresas já admitem que a IA levará à eliminação de
empregos, especialmente aqueles de natureza burocrática, repetitiva
ou que envolvem a análise de grandes volumes de dados. A IA como
"Co-Pilot" automatiza tarefas como gerar relatórios, escrever
e-mails, criar apresentações e analisar dados, aumentando a
eficiência e reduzindo a necessidade de mão de obra para essas
funções.
- Reação Necessária (Reskilling e
Upskilling): A consequência direta é a necessidade urgente de
as empresas investirem em reskilling (requalificar
funcionários para novas funções) e upskilling (aprimorar
as habilidades dos funcionários para suas funções atuais, agora
auxiliadas por IA).
- Colaboração Estratégica
("Co-Thinker"): Em contraponto à substituição, o documento
também aponta o modo "Co-Thinker", onde a IA atua como uma
parceira para a resolução de problemas complexos e pensamento
estratégico, destacando que o futuro do trabalho é uma colaboração
humano-IA.
2. A Transição para a IA Agente (Agentic AI): A Era da
Automação de Processos
O documento avança a discussão para a próxima evolução da IA,
que representa uma mudança fundamental na forma como o trabalho é
executado.
- De Assistente para Ator
Autônomo: A IA Agente vai além de
simplesmente auxiliar em tarefas; ela é projetada
para agir, tomar decisões e executar processos inteiros de
forma autônoma. Enquanto
a GenAI muda tarefas, a IA Agente muda fluxos de trabalho
completos.
- Exemplo Prático: Um agente de
IA não apenas redige um e-mail de marketing (tarefa), mas pode
gerenciar todo o ciclo de relacionamento com um segmento de
clientes (processo), decidindo quando se comunicar, o que ofertar e
por qual canal, com mínima intervenção humana.
3. A Nova Agenda Estratégica do C-Level na Era
Agente
A chegada da IA Agente eleva
drasticamente as responsabilidades e o planejamento estratégico do
C-Level. As ações necessárias tornam-se mais profundas e
existenciais para o negócio:
- Redesenho Radical da Organização: Não se trata mais de
eliminar cargos, mas de reimaginar a estrutura organizacional.
É preciso criar modelos operacionais "agente-first", definindo como
humanos e agentes colaborarão, quem supervisionará os agentes e
como os processos serão redesenhados.
- Criação de Novos Papéis: A automação por agentes criará
novas funções focadas na gestão, auditoria, treinamento e
desenvolvimento desses agentes. Cargos como "Gestor de Frota
de Agentes Digitais" e "Curador Ético de
IA" surgirão.
- Valorização das Habilidades Humanas Únicas: Habilidades
como raciocínio ético complexo, inteligência contextual (cultural,
política), empatia e criatividade estratégica tornam-se o principal
diferencial competitivo humano, pois não são replicáveis pelos
agentes.
- Governança e Ética como Pilar Existencial: Se um agente
autônomo toma uma decisão antiética ou errada (ex: discrimina
clientes, realiza uma transação financeira de alto risco), a
responsabilidade é direta da empresa e de seus líderes. Estabelecer
estruturas de governança robustas, auditáveis e
transparentes antes da implementação em larga escala é
crucial para a sobrevivência do negócio.
- Investimento em Ecossistemas Híbridos: O investimento vai
além da tecnologia e passa a incluir a infraestrutura humana
necessária para gerenciar essa nova força de trabalho digital,
incluindo treinamento avançado, novas estruturas de gestão e
ferramentas de monitoramento.
Em resumo, o papel do C-Level
evolui de um "adotador de ferramentas" de IA para
um "arquiteto de um ecossistema híbrido", onde o sucesso não
será medido apenas pela eficiência, mas pela capacidade de integrar
agentes autônomos de forma estratégica, ética e segura, garantindo
a sustentabilidade e a criação de valor no futuro.
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